Por:Editor Saletto
Destaque
nov 2021
A despeito da aceleração da inflação em 2021, o ano vindouro promete vários desafios políticos e econômicos. Tudo sinaliza para um ano político movimentado, em decorrência do pleito eleitoral polarizado, registre-se.
Além disso, a sociedade brasileira viverá o desafio (mais uma vez) de minimizar o sacrifício do processo inflacionário e a sensível perda de poder aquisitivo em pouco mais de 8% no ano (medido pelo IPCA até outubro do ano corrente); e inocente imaginar que os programas de auxílio de renda, serão capazes de arrefecer o empobrecimento do cidadão brasileiro.
Não bastando o sacrifício para o consumidor, as empresas também estão passando por um sensível aumento de custos de produção, em função da forte variação de insumos, tais como cimento, aço, óleo, gás, materiais eletro-hidráulicos, PVC, etc. A indústria da construção, construção civil, infraestrutura tem sido fortemente impactado. Sabe-se que o INCC – Índice Nacional da Construção Civil, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou alta de 27,45% nos últimos 12 meses (base outubro 2020).
A combinação dual e perversa de perda de poder aquisitivo para o consumidor e o aumento de custos de produção para as empresas, minam a capacidade de geração de emprego para o próximo ano.
De certo, contratos, ora em andamento, deverão ser revistos, tendo em vista o desequilíbrio econômico-financeiro impresso pelo processo econômico pandêmico. Mas isso é pratica comum no mercado. O que é incomum e espanta é o caráter inercialista dos custos dos insumos; ou seja, em se tratando de contratos, preços hoje são custos hoje e amanhã.
Portanto, o cenário indica a necessidade de se arrumar a casa, qual seja, aprimorar processo de gestão: de contratos, de compras, de documentos, de produtividade, de relacionamento de mercado.
Em resumo, pleitos à vista em 2022.
Texto de: Ederson Passos, Economista