Por:Editor Saletto
Destaque | Engenharia | Entrevista
mar 2020
A AACE Brasil (Association for the Advancement of Cost Engineering), promoveu, na manhã dessa quarta-feira, 25 de março de 2020, um debate online para discutir sobre o tema que vem repercutindo nas últimas semanas no Brasil e no mundo, o COVID-19 e seus impactos na construção civil.
ATUALIZAÇÃO Maio/2020: *clique aqui* para ter acesso ao nosso BOLETIM 001 – Pesquisa sobre Impactos da Pandemia do COVID19 na Gestão de Projetos.
O bate papo contou com a participação dos experientes profissionais listados a seguir:
Para frear o avanço do Covid -19 (novo Corona Vírus) no Brasil, os governantes têm adotado medidas de isolamento social. Com isso, alguns setores da economia tiveram suas atividades paralisadas ou reduzidas.
A princípio, o funcionamento da construção civil não está proibido, porém, como não é permitida a aglomeração de pessoas em um mesmo local, é necessário trabalhar com a equipe reduzida. A orientação é dispensar os funcionários com 60 anos ou mais e qualquer colaborador que apresentar algum sintoma de gripe. Outra dificuldade enfrentada pelo setor está relacionada à cadeia de suprimentos, a qual, provavelmente, terá atrasos em suas entregas.
Aldo Matos (AACE, Aldo Mattos Consultoria) fez os seguintes questionamentos ao Superintendente de Obras da Infraero, Giuliano Capucho: “Qual é a orientação da Infraero, quanto a suspensão de obras, rescisão contratual, reprogramação de cronograma? Fica a cargo do contrato, individualmente, decidir ou existe uma postura institucional da Infraero? ”
Capucho se pronunciou informando que a Infraero entende a importância da construção civil para o país e para a economia, e destacou que viemos de uma retomada da crise de 2014, a qual dever ser considerada com muita responsabilidade. A Infraero, então, recomenda que as obras continuem, mas seguindo todas as diretrizes do ministério da saúde e da OMS quanto aos cuidados necessários.
As dificuldades enfrentadas pelas construtoras devem ser registradas no diário de obra, assim como os custos adicionais de transporte de funcionários e a aquisição de equipamentos e produtos para conter o COVID -19.
“Provavelmente nenhum projeto calculou o risco de uma pandemia na matriz de risco, por isso as tomadas de decisões, alterações de cronograma e variações de custos devêm ser compartilhadas.”, citou Aldo Mattos.
Aldo Matos recomendou, ainda, que as empresas e construtoras nesse momento devem:
“Estamos tomando todas as medidas para a segurança de nossos colaboradores, entendemos que devemos continuar com as obras.” , argumentou Marcelo Correa presidente da Queiroz Galvão.
“Esse é um momento único na história ao qual estamos passando por um momento de força maior, devemos analisar as cláusulas de cada contrato.”, pontuou Adriana Sarra (AACE, Toledo & Marchetti).
Para fechar o bate papo, o consultor de seguros André Dabus (Marsh) citou que: “provavelmente os seguros de riscos de engenharia não cobrirão os custos da epidemia.”
André Dabus ainda ressaltou a importância da leitura das cláusulas contratuais e, principalmente, dos itens de seguros que se enquadram as apólices de seguros. Assim será possível saber como correr atrás dos direitos, no futuro.
Assista ao webinar:
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Contribuiu para este texto:
Eng. Brenda de Paula
Eng. Josiel Gomes
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