No dia 21/05/2019 participamos do evento promovido pela AACE( Associação para o desenvolvimento da engenharia de custos ) – Sessão Brasil e o pelo PMI (Project Management Institute) no IBMEC, que abordou o tema “Integrando Compliance, Gestão de Riscos & Perícias”, que contou com a participação de grandes profissionais das áreas de engenharia e direito.
Na abertura Henrique Takemoto atual presidente da AACE e Moisés Luna presidente do PMI deram as boas-vindas aos palestrantes convidados, ao público presente e aos que participaram via livestreaming (transmissão ao vivo).
Moises deixou a seguinte pergunta para ser refletida: “ O quanto caro é a gestão de risco para um projeto? “
O primeiro palestrante foi o Professor do curso de Pós Graduação na área de Engenharia de Custos e Orçamentos, Henrique Orlando, que esclareceu a importância do Compliance nas organizações. Durante sua apresentação Orlando mencionou os principais pontos da Lei Anticorrupção 12.846/13 e o Decreto regulamentador dessa lei 8420/15. Em seguida ele apresentou 8 passos para a implantação de um programa de compliance nas organizações conforme listados a seguir:
1. Acesso aos riscos;
2. Comprometimento;
3. Estrutura independente;
4. Governança (política da empresa);
5. Diligencie;
6. Controle interno;
7. Treinamento da equipe;
8. Canal de denúncia e investigação.
Ainda de acordo com Orlando ao implantar este programa as organizações terão benefícios como a atração de novos investidores, identificação de riscos, correção das não- conformidades, limitação de responsabilidades e a sustentabilidade no negócio. E para complementar ele ainda afirmou que para cada 1 dólar investido em uma estrutura de compliance gera uma economia para a empresa em torno de 5 dólares.
Na sequência o engenheiro Guilherme Pereira apresentou o tema “Integração da Gestão de Riscos e do Conhecimento para eficiência organizacional” e demostrou a importância da gestão de conhecimento e gestão de ricos. De acordo com Guilherme os profissionais mais experientes das organizações foram retirados e isto influência no desenvolvimento em relação da gestão do conhecimento e o desenvolvimento dentro das empresas.
Guilherme mostrou um exemplo de uma EAR (Estrutura Analítica de Riscos) do PMBOK, que ao definir a quantidade de ricos é possível identificar os níveis de riscos reais por área que uma organização está sujeita.
Ainda durante sua apresentação Pereira mostrou os pilares de capital humano para a integração da gestão de ricos e gestão de conhecimentos:
– Conduta do compartilhamento;
– Preocupação com a falha;
– Uso de conhecimento cientifico;
– Deferência e expertise;
– Segurança psicológica;
– Compromisso e resiliência
Para finalizar ele ainda complementou que essa gestão quando bem-feita agrega efeitos positivos na saúde das empresas.
Na sequência o executivo Roberto Carvalho apresentou o tema “Gestão de crise uma abordagem prática”. Esse tema foi abordado através do seu relato na experiência de ser torna o presidente da Samarco no momento pós tragédia de Fundão, evento no qual a barragem de Fundão se rompeu.
Nesse momento o apoio às famílias afetadas e a recuperação dos estragos precisam ser a prioridade, acima de qualquer preocupação com prejuízos financeiros. Porém a empresa não possuía um plano estratégico para solucionar esta situação, o risco mais grave havia se tornado realidade.
A Fundação Renova foi a entidade responsável pela mobilização para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Trata-se de uma organização sem fins lucrativos, resultado de um compromisso jurídico chamado Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC). Ele define o escopo da atuação da Fundação Renova, ao longo da área impactada ao longo do rio doce. Desde então, a Samarco tem sido buscado arrumar a casa para voltar à ativa, mas uma série de barreiras de licenciamento a impede de retornar aos negócios.
Na sequência tivemos um debate com os seguintes participantes: Christianne Polazzi, Geovane Martins, Ricardo Medina e Eduardo Vaz de Mello. Nesse bate papo o tema abordado foi o processo de perícia e as câmaras de arbitragem no Brasil.
A arbitragem é uma forma de resolução de conflitos extrajudicial, ela favorece a resolução dos casos em tempo mais breve do que se o cliente demandasse o Poder Judiciário. Com a implantação da arbitragem no Brasil, a Justiça comum fica menos sobrecarregada, o que ajuda a antecipar os processos em atraso e que ainda vão chegando aos tribunais do Judiciário.
A arbitragem ainda pode ser considerada como uma área embrionária no Brasil que ainda têm muito a crescer e que demanda de profissionais capacitados em áreas especificas.