É flexível
A manutenção preditiva, apesar de ser programada, não evita que máquinas criem demandas ou incidentes a qualquer momento do dia. Isso aumenta a necessidade de ações fora do habitual.
A flexibilidade está intrínseca, ainda, à possibilidade de funcionários ficarem mais disponíveis ao core business da empresa. Isso é resultado também da execução multitarefas e de processos cada vez mais eficientes.
Dessa forma, um engenheiro de rede, por exemplo, além de criar projetos para a eficiência e a evolução da infraestrutura de telecomunicação da empresa, poderá se dedicar a estratégias de segurança de TI de forma multidisciplinar e agregar valor ao setor com seu conhecimento em outras matérias.
A indústria 4.0 criou a possibilidade de novas funções dentro dos cargos já conhecidos. Esse contexto permite desenvolver os pontos fortes de cada um junto à tecnologia, reformulando os papéis dos colaboradores dentro das instituições.
Tem formação multidisciplinar
O profissional da indústria 4.0. deve ter habilidades para lidar com tecnologia, matemática, robótica e empreendedorismo. Além disso, deve entender conceitos de segurança da informação e direito, para lidar com todo tipo de inovação.
Consegue manter um bom relacionamento interpessoal
Aptidões decisórias serão um diferencial do profissional que consegue assegurar reações sociais e emocionais, no âmbito organizacional. Tudo por meio de trabalho em equipe, ações colaborativas e atividades compartilhadas.
Nesse sentido, será possível deliberar por intermédio da criação de valor e liderar pelo exemplo, já que a formação multidisciplinar permite executar diferentes funções. Além disso, a integração entre os diversos agentes da empresa e as ferramentas disponíveis facilitará o processo de comunicação.
Apresenta percepção de urgência
Implementar métodos automatizados e a robótica nas empresas muitas vezes não implica a dispensa dos funcionários, já que crescerá a demanda pela execução de tarefas estratégicas e de monitoramento.
A necessidade de reparo de um equipamento, por exemplo, deve ocorrer em tempo hábil. Por meio da integração com aplicativos, o profissional tomará conhecimento do fato e deverá discernir acerca da urgência de ações.
Tem visão técnica e sistêmica de processos
O profissional da indústria 4.0 precisa ter uma visão técnica, também resultado da sua formação multidisciplinar (competências de engenharia elétrica, mecânica e de automação). Além disso, deve saber olhar de forma sistêmica para os processos da empresa e seus respectivos reflexos.
Consegue coletar e realizar a análise de um grande volume de dados
Outra habilidade emergente é a capacidade de coletar e analisar dados disponibilizados pelo Big Data — grande volume de informações coletadas de diversas fontes para tomar decisões, definir perfis e delimitar preferências. Assim, é possível definir como serão direcionadas as estratégias organizacionais.
Segundo consultoras globais, os maiores desafios para empresas serão em torno de questões como cultura, organização, liderança e habilidades, em detrimento de padrões preestabelecidos de infraestrutura e propriedade intelectual. Já a ausência de uma cultura digital e de treinamento adequado desponta como o maior gargalo das empresas, em todos os segmentos.
Portanto, o profissional da indústria 4.0 precisa buscar qualificação, para adquirir uma ou mais dessas habilidades. Além disso, deve buscar parcerias especializadas para colocar os projetos de inovação em prática.
Alessandro Nunes — Diretor de Serviços da Teclógica