A geotecnia mal aplicada pode causar problemas em grandes proporções

Por:Editor Saletto
Destaque | Engenharia | Notícia

31

ago 2018

A Geotecnia é um importante setor em que os nãotecidos e tecidos técnicos estão inseridos. Em forma de geomantas, geogrelhas, georedes, geomembranas, geotubos, entre outros, são usados para proteção, filtração, drenagem, reforço, separação e barreira de impermeabilização de solo.

Essas aplicações servem para o agronegócio, grandes obras de infraestrutura, mineração, obras viárias e rodoviárias, saneamento básico, obras de aterro, entre diferentes setores da economia. Porém, a eficácia dessas aplicações está intimamente ligada às normas para identificação e aplicação adequada desses produtos.

O sucesso da obra depende de um conjunto de fatores: o conhecimento sobre o projeto, a obra geotécnica ser bem feita, a instalação ser bem feita e o respeito à capacidade de cada material utilizado.

Quando mal especificados, fora de norma ou mal instalados, podem resultar em problemas de grandes proporções, como o rompimento de barragens, contaminação de solos, deslizamentos, infiltrações e vazamentos, entre outros.

Em maio de 2013, foi publicada a Norma ABNT ISO 10320, sobre os geotêxteis e produtos correlatos e sua identificação na obra. Essa norma exige parâmetros mínimos de identificação para que um geossintético possa ser comercializado no mercado.

Segundo Fabricio Zambotto, coordenador do CTG – Comitê Técnico de Geossintéticos da ABINT (Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos), um dos trabalhos do CTG é difundir a aplicação dessa norma para que projetistas, compradores, engenheiros e a fiscalização. “O objetivo é que esses profissionais possam controlar o material que é usado, além de garantir sua instalação adequada e a eficácia do projeto”, conta Zambotto.

Para reforçar a importância da normatização do setor, o CTG-ABINT criou a cartilha “Recomendações sobre o Uso de Geotêxteis em Obras”. “O material visa assegurar a plena qualidade dos produtos aplicados e auxiliar o mercado a bem especificar, comprar, receber e fiscalizar a aplicação dos geotêxteis nas obras, de forma correta”, conta Zambotto.

Aplicações de geotêxteis: Nas obras viárias e geotécnicas, esses produtos são aplicados em sistemas drenantes subterrâneos, muros e taludes, para o controle de erosão, para aterros sobre cavidades, estacas ou solos moles, adensamento de solos, base e restauração de pavimentos, separação e reforço construtivo, túneis, etc.

Também são usados em obras de proteção ambiental, tais como aterros de resíduos sólidos, lagoas de efluentes industriais, lagoas de estabilização, sistemas de tratamento de dejetos, rejeitos de mineração, entre outras.

Obras hidráulicas e costeiras contam com nãotecidos e tecidos técnicos (barragens, canais, reservatórios, contenção de aterros mecânicos e hidráulicos, obras em praias e portos). Obras para segmentos industriais, dos segmentos de lazer e esportivos, de drenagem agrícola, que entre tantas outras também usam estes Geossintéticos.

Fabricio Zambotto explica que a família dos Geossintéticos tem um papel importante em obras de engenharia, trazendo desempenho, rapidez, segurança de produtos produzidos e controlados através de muita tecnologia industrial, além de serem soluções que possibilitam a redução na utilização de recursos naturais, função fundamental na engenharia moderna.

“Há muita oportunidade de crescimento para esse setor, que investe continuamente em pesquisa e desenvolvimento, para atender às demandas do mercado de forma eficaz e competitiva e com vistas a esse crescimento, o CTG atua constantemente na formação e atualização de profissionais que buscam inovar nas soluções para a engenharia, para que ele conheça as inovações do setor e as aplique de forma a obter o melhor resultado”, afirma o executivo.

Sobre o CTG-ABINT: constituído por fabricantes e demais fornecedores do segmento de geossintéticos, o CTG-ABINT visa promover as aplicações destes materiais em obras de infraestrutura, por meio da elaboração de manuais, workshops e cursos nacionais e internacionais, todos direcionados ao consumidor/projetista e ou órgão fiscalizador. As empresas que compõem o CTG atualmente são: Braskem, Bidim, Cipatex, Fabritech, Huesker, Maccaferri, Nortene, Ober, Roma, Sansuy, Santa Fé, e TDM Brasil. Para saber mais acesse www.geossinteticos.org.br

Sobre a ABINT: Fundada em 1991, a Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecidos e Tecidos Técnicos tem como objetivo representar, difundir e defender os interesses da indústria brasileira de Nãotecidos e Tecidos Técnicos, promovendo e apoiando o seu desenvolvimento e o crescimento do mercado de aplicações desses produtos, que são fundamentais a diversos e importantes setores da economia do país. Para saber mais acesse www.abint.org.br.

 

Fonte: Pautas | Incorporativa


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